domingo, 19 de dezembro de 2010

Expoidea, a Feira de Tecnologia, Sustentabilidade e Cultura.


A Escola Antonio Dias Cardoso participou deste evento.



Professor Emanoel Rodrigues de Lingua Portuguêsa.


Junto com o Professor Paulo Pedrosa da área de Matemática.


Fotos tiradas no evento.


Projeto Contos
Escritores do futuro.





VEJA O VÍDEO:

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PROJETO CANOUGE.

PROJETO
CANOUGE
Xadrez e Vida
Prof. Paulo J. A. Pedroza




Prof. Paulo J. A. Pedroza
Graduado em Licenciatura Plena
em Ciências com Habilitação em
Matemática pela FAINTVISA.
Especialização em Programação
de Matemática Aplicada ao Ensino
Fundamental e Médio, pela FAINTVISA.
Professor efetivo do Estado desde
1998.
Professor efetivo do município de
Vitória de Santo Antão desde
2007.








Dos estudos feitos por meio dos documentos
antiquíssimos, chegaram os historiadores à
conclusão de que o jogo de xadrez é de origem
hindu. Admite-se hoje, em virtude das pesquisas
feitas, que esse interessante jogo chegou ao
conhecimento dos persas enviado diretamente
da Índia, fato que ocorreu por volta do VI século.
Há sobre esses episódios remotíssimos da
história enxadrística uma versão muito interessante.
Um rei, chamado Canouge, que era
senhor de uma das grandes províncias do Ganges,
enviou a seu amigo Chosróés-Nouschirvan,
que tinha nas mãos o destino da Pérsia, um
jogo de xadrez completo – peças e tabuleiro. O
presente foi, porém, remetido sem a menor
indicação sobre as regras e finalidades do jogo.
Não se mostrou, porém, o soberano persa surpreendido
ou contrariado com a extravagância
do príncipe hindu. Chamou seu vizir Bujurjmihr,
homem dotado de invulgar inteligência, e pediulhe
que descobrisse a maneira de utilizar aquelas
peças e armar uma partida.
O vizir Bujurjmihr (reza a lenda), sem auxílio de
pessoa alguma, pela análise da forma das diferentes
peças, descobriu todas as regras do
xadrez e ensinou ao monarca como devia ser
disputada, do princípio ao fim, uma partida do
originalíssimo jogo. (Essa singular versão é
endossada por Hyde no seu famoso tratado
Ludis orientalibus libri





O PROJETO CANOUGE TEM COMO FOCO CENTRAL O
JOGO DE XADREZ E SUAS CARACTERÍSTICAS DE
GRANDE VALOR PARA A FORMAÇÃO DE PESSOAS
ATENTAS, CONCENTRADAS,DISCIPLINADAS E INTELIGENTES.
NESTE ANO DE 2010 TIVEMOS COMO QUESTÃO ESSENCIAL: O
JOGO DE XADREZ
PODE AJUDAR NA FORMAÇÃO DE CIDADÃOS ÉTICOS
E RESPONSÁVEIS? E AINDA DAS QUESTÕES DE
UNIDADE: COMO É CONHECIDO AO REDOR DO
MUNDO O JOGO DE XADREZ E SEUS ELEMENTOS?
QUAL A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA UM
ATLETA? QUAL A LIGAÇÃO ENTRE O XADREZ E A
MATEMÁTICA? O XADREZ PODE SER CONSIDERADO
UMA CIÊNCIA? COMO VIVIA HÁ 3 MIL ANOS E
COMO VIVE HOJE O POVO INDIANO E, EM PARTICULAR,
OS HINDUS? QUAIS AS CONDIÇÕES GEOGRÁ-
FICAS (FÍSICA E POLÍTICA) DA ÍNDIA? O XADREZ
PODE SER CONSIDERADO UMA ARTE? O QUE OCORRE
NO CORPO DE UM ENXADRISTA DURANTE
UMA PARTIDA DE XADREZ? O XADREZ PODE SER
CONSIDERADO UM ESPORTE? QUAL A FUNÇÃO DOS
JOGOS NA SOCIEDADE? QUAL A IMPORTÂNCIA DOS
JOGOS PARA O SER HUMANO?
OS TRABALHOS SÃO, ENTÃO, DESENVOLVIDOS NO
SENTIDO DE RESPONDER A ESTAS QUESTÕES
(ESSENCIAL E DE UNIDADE), COMO SE FOSSE UMA
TRILHA QUE LEVA A UM DESTINO DESEJADO.

Por que o jogo de xadrez?

O jogo de xadrez tem sido utilizado em uma grande
quantidade de escolas (principalmente privadas) e,
com isto, essas escolas têm se destacado entre todas
com melhores resultados nas avaliações de larga
escala.
Esses resultados são alcançados em boa parte porque
o xadrez: é cultura; tem uma base matemática; estimula
o desenvolvimento de diferentes habilidades
cognitivas; pode ser utilizado como elemento estruturante
do tempo livre do indivíduo; proporciona prazer
em seu estudo; dita uma pauta ética devido às suas
múltiplas virtudes; contribui para a formação de melhores
cidadãos.
Ao oportunizar e incentivar a prática do xadrez na
escola conseguimos favorecer o pensamento lógico, o
poder de concentração e o espírito de responsabilidade.

Onde queremos chegar?

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação diz em seu art
2º: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”.
O xadrez, por ser um jogo de regras rígidas, dita uma pauta ética em
um momento propício para a aquisição de valores morais; devido
às suas múltiplas virtudes, contribui para a formação
de melhores cidadãos e aperfeiçoamento do raciocínio
lógico, da concentração e da memória — indispensáveis,
nos dias atuais, a qualquer trabalhador.





O Diferencial

A escola Antonio Dias Cardoso não é a única escola
estadual a ter um projeto de xadrez. Talvez o diferencial
do Projeto Canouge para com outros projetos
de xadrez seja a Interdisciplinaridade, quando as
disciplinas escolares são orientadas a responder as
questões de unidade, que estão sempre relacionadas
com o jogo de xadrez.
Assim sendo, os professores de Língua Portuguesa
podem trabalhar com seus alunos a importância da
comunicação (oral e/ou simbólica) entre jogadores;
os professores de Biologia trabalham com o que
ocorre no corpo de um enxadrista durante uma
partida ou torneio; os professores de Geografia
discutem as condições de vida na Índia (provável
local de origem do ancestral do xadrez); os professores
de Artes debatem sobre as características
artísticas do jogo de xadrez; os professores de Matemática
mostram os conteúdos da disciplina envolvidos
com o jogo; e muito mais.
Então, viva o xadrez, pois xadrez é vida, logo:
PROJETO CANOUGE
XADREZ E VIDA.



Email: clntepe12001paulo@hotmail.com
O Que é o Projeto Canouge?
Estudantes praticando
o xadrez.
Apresentação do
Projeto na Feira Cultural
da escola.
Rua Desenhista Francisco Manoel, 29 - Bela Vista
Vitória de Santo Antão - PE
CEP 55608-580


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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SBPC NA UNIVERSIDADE FEDERAL CAMPUS VITÓRIA.




23.11.2010

A Secretaria de Educação do Estado realizou a pré - inscrição de alguns profissionais da educação, lotados na GRE Mata Centro, em Vitória de Santo Antão, a escola Antonio Dias Cardoso participou deste evento enviando professores do Projeto Travessia com seus supervisores, técnicos, gestores, educador de apoio e outros.
Na cerimônia de abertura, realizada dia 23/11 em Vitória do Santo Antão, o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, ressaltou que a educação é a “pedra filosofal” para o País ter um desenvolvimento econômico e social sustentável. O evento, que acontece até o dia 26 de novembro nas cidades do Recife, Caruaru e Vitória de Santo Antão, nas dependências da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e de outras instituições parceiras, tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da região, em especial na área da educação. No total, serão realizadas 34 mesas-redondas, 19 conferências e 78 minicursos com foco no tema central do evento: “Educação como um direito de todos”. Esta programação, voltada para professores de ensino médio, pesquisadores, docentes e estudantes universitários, e gestores de educação e ciência e tecnologia, ocorrerá nas três cidades.

sábado, 16 de outubro de 2010

HISTÓRICO DE ANTONIO DIAS CARDOSO.

Iª Parte

Na memorável batalha do Monte das Tabocas, em que um sonho de Sentimento de Pátria se tornou um sentimento real, através de uma vitória militar, dela estiveram ausentes os grandes restauradores de Pernambuco, Barreto de Menezes, Henrique Dias, Vidal de Negreiros e Filipe Camarão.

Esteve presente somente o líder civil do movimento, Fernandes Vieira, que por não possuir habilitação militar, ficou encarregado de comandar a Reserva, constituída de bravos pernambucanos armados de bordões e de paus tostados utilizados à guisa de chuços.( uma espécie de lança).

No Monte das Tabocas, Dias Cardoso com 900 civis pernambucanos transformados num pequeno exército, e bem conduzidos militarmente, dentro dos Princípios de Guerra, venceu apreciável parcela de um grande exército profissional europeu de 1.500 homens.

Aos holandeses armados com 1.200 modernas armas de fogo e comandados pelo Ten CeI Hendrick Haus, Comandante em Chefe dos holandeses no Brasil, Dias Cardoso se opôs com 250 armas de fogo das mais diferentes espécies, e impôs sua vontade ao inimigo.

Dias Cardoso, segundo depoimento de André Vidal de Negreiros, foi por ele indicado ao Governador Geral do Brasil Antônio Teles da Silva, para ser enviado secretamente a Pernambuco, com a missão de organizar militarmente os pernambucanos num pequeno exército, e, em intima ligação com Fernandes Vieira, o catalisador da reação insurrecional.

E a razão da escolha, segundo Vidal de Negreiros, prendia-se a sua competência militar, coragem invulgar, discrição, e profundo conhecimento de Pernambuco.

Munido de documento que simulava ser um desertor, Dias Cardoso, acompanhado de quatro companheiros, viajou 160 léguas da Bahia a Pernambuco, enfrentando toda a sorte de privações e perigos de vida constantes, ao atravessar regiões dominadas por índios e negros revoltados, e ao atravessar a nado rios caudalosos, para evitar ser pressentido pelo inimigo.

Chegando a Pernambuco, se apresentou a Fernandes Vieira, dando-lhe conta da missão e do dispositivo holandês ao longo do itinerário.

A seguir, escondido pelas matas e engenhos, pelo espaço de seis meses, entregou-se à tarefa de recrutar e treinar militarmente patriotas pernambucanos. Enfim, a dar corpo ao pequeno exército que derrotaria o inimigo do Monte das Tabocas.

Este pequeno exército [pode ser hoje considerado, sem sombra de dúvidas, a "Célula Matar" o Exército Brasileiro, e Dias Cardoso seu organizador e primeiro condutor no caminho da vitória.

Chegando em Pernambuco Dias Cardoso foi elevado à condição de Governador das Arma. Pressentido pelos holandeses, estes moveram lhe intensa caça, obrigando-o, segundo Fernandes Vieira, "a viver escondido nas matas durante sete meses, adestrando sua tropa", até que fosse decidido o levante restaurador, já na certeza do respaldo militar do exército organizado por Dias Cardoso.

No levante decidido em 23 de maio de 1645, através de Compromisso de Honra, firmado por Fernandes Vieira e mais 18 companheiros, constou pela vez primeira a idéia do sentimento de Pátria ou Nacionalidade ,através deste trecho:

"Nós abaixo assinados, nos conjuramos e prometemos em serviço da liberdade, não faltar em nenhum tempo, com toda a ajuda de fazendas (Engenhos) contra qualquer inimigo (incluía até Portugal) na Restauração de nossa Pátria".

IIª Parte


Dias Cardoso na 1a Batalha dos Guararapes



Na primeira batalha dos Guararapes, coube-lhe papel de destaque e decisivo, na qualidade de Sargento- Mór do Terço de Fernandes Vieira, ou o segundo em comando.

A este terço coube a parte principal nesta batalha, por ter conduzido o fulminante ataque frontal principal sobre os holandeses, através do Boqueirão, entre o monte do Oitizeiro e os Alagados.

Deste ataque resultou o rompimento do grosso do dispositivo holandês, seguido de envolvimento de sua ala esquerda sobre os Alagados, onde centenas de holandeses vieram encontrar a morte.

Fernandes Vieira era um líder civil, e embora não exista nada reconhecendo que o plano e direção do ataque no Boqueirão tenha estado a cargo do Sargento- Mór Dias Cardoso, é fácil de se deduzir, pelos brilhantes antecedentes militares deste bravo, que a destruição do Exército Holandês no Boqueirão dos Montes Guararapes, teve o selo de seu valor militar, provado de sobejo no Monte das Tabocas e na Casa Forte.

Neste mesmo ano, foi mandado por Barreto de Menezes até Igaraçu com 200 homens do seu terço, para retirar de plantações abandonadas, mandioca necessária ao Arraial Novo.

Nesta expedição ele armou diversas emboscadas, prendeu 33 holandeses, e queimou três lanchas inimigas que lhe disputavam os mandiocais.

Um mês antes da 2ª Batalha dos Guararapes, este gigante da Restauração foi enviado por Barreto de Menezes à Paraíba, com a missão de distrair o inimigo, e destruir-lhe as plantações e tropas de gado.

Dias Cardoso retornou vitorioso de sua missão, após marchar 25 léguas pelo sertão, abrindo caminhos novos pelas matas, e com um saldo de 11 inimigos mortos, além de copiosa presa de guerra em armamento e suprimentos.


IIIª Parte
Referências Biográficas

Infelizmente, não existem registros acerca da genealogia de Dias Cardoso, até há pouco relegado a um injusto semi-anonimato histórico, não condizente com os tantos e tamanhos serviços por ele prestados à Pátria nascente, quando de nossa proto-história.

Assim, conforme dados de diversos historiadores, sabe-se apenas que ele nasceu no princípio do século XVII, provavelmente no ano de 1600, na cidade do Porto-Portugal, mudando-se ainda jovem para o Brasil, terra a que vai devotar acrisolado amor.

Em 1624, Dias Cardoso assenta praça como soldado, na Bahia, ascendendo, mercê de seus elevadíssimos méritos, a todas as graduações da hierarquia castrense, atingindo, em 1635, o posto de Alferes, tendo participado de importantes ações de guerra contra o invasor, da Bahia a Pernambuco, notabilizando-se por sua ação guerrilheira, máxime pela prática da emboscada, como adiante abordaremos.

Em 1638, após a memorável batalha de Salvador, é promovido a Capitão.

Em 1640, após o cumprimento de relevante missão, conferida pelo Governador-Geral do Brasil, vem a pedir reforma, a qual lhe é concedida; porém, sendo imprescindíveis os seus serviços militares, é convocado para que prosseguisse na luta, na qual se engaja até à rendição dos batavos, fazendo, pois, a campanha, desde a invasão da Bahia, "de fio a pavio".

Em 1655, recebe a honorificência de Cavaleiro da Ordem de Cristo e o comando do Terço de João Fernandes Vieira, do qual fôra Ajudante por ocasião da 1ª batalha dos Guararapes.

Em 1656, é nomeado Mestre-de-Campo, culminando, nesse posto, uma notável carreira militar, de 32 anos de constantes sacrifícios e guerra, iniciada como soldado, em 1624...

Em 1657, Dias Cardoso assume o governo da Paraíba, vindo a falecer no Recife, em 1670, quando ainda no comando do famoso Terço de Fernandes Vieira, consagrado nas duas batalhas dos Guararapes


Algumas considerações finais.


Quem foi Antônio Dias Cardoso ?

Mestre de Campo Antônio Dias Cardoso, posto máximo que conquistou foi um profissional militar, que após destacada participação militar contra o invasor holandês, faleceu no Recife em setembro de 1670.

Este bravo, por longo tempo não ocupou o lugar que de direito e de justiça lhe cabia na História do Brasil, pelo fato de ter sido o arquiteto e o condutor militar da "Célula Mater" do Exército Brasileiro, nas memoráveis batalhas de Monte das Tabocas e Casa Forte.

Estas batalhas, por ele vencidas, abriram a campanha da Restauração e mostraram a Pernambuco, Bahia e Portugal, a viabilidade militar da expulsão dos holandeses, a base de guerrilha ou da Guerra Brasílica sem Interferência direta do último.